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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Se faz tão...


Imagine o seguinte:

Naquele dia que deu tudo errado, você chega em casa, vai direto para o quarto, bate a porta, joga a bolsa no chão e se joga na cama. Nem bem dois segundos depois alguém bate à porta. É seu pai. "Venha jantar", ele diz, mas você simplesmente não quer. "Agora", ordena ele. Você levanta, dá um suspiro, conta até dez e vai.

À mesa, uma conversa desinteressante está ocorrendo e você nem sabe o que está sendo falado. Alguém te pergunta como foi o dia e você diz que foi bom. Sua expressão não é suficiente e alguém logo diz "só bom?" e você tem vontade de jogar tudo pra fora. De falar que foi tudo uma droga, que seu chefe é um "bosta", que o curso da faculdade não é o que você queria e que pensa em desistir ao menos umas vinte vezes por dia. Tem vontade de dizer como seus colegas de trabalho são chatos e como você quer se jogar da janela a cada vez que a velha doida que trabalha ao seu lado abre a boca. Você tenta desabafar, mas recebe um olhar de "fica quieto, vai" da sua mãe e desiste. Não há como ter uma conversa decente nessa casa. Nem eles mesmos se decidem se querem te ouvir ou não! Vai entender...

Depois do jantar, você bate a porta do quarto de novo e se joga na cama. Vai para o seu refúgio, o perfil falso do twitter que você usa pra desabafar, afinal, ninguém te segue lá mesmo. Mais uma vez você diz tudo que aconteceu no seu dia e se sente reconfortado pela ilusão de que tem alguém lendo aquilo e se importando com os seus problemas. De repente, começam a falar alto na sala. São seus pais brigando de novo. Difícil, não é? Eles estavam conversando, mas já começaram a discutir. Não dá pra ser feliz assim.

Aí você diz aquela mágica frase no twitter, "mal posso esperar pelo dia em que eu for embora desse lugar!". Quando finalmente pega no sono, parecem que se passam apenas cinco minutos e o despertador já está tocando na sua orelha, te empurrando pra mais um dia. E lá vamos nós de novo.

Ao chegar em casa, você vai direto para o quarto em busca de paz, mas sua mãe entra atrás de você pra contar como o dia dela foi cansativo. "Engraçado como ela não gosta de me ouvir, mas sempre vem me contar cada detalhe do dia ridículo dela", você pensa, mas não diz nada. Não vale a pena brigar. Então quando ela finalmente sai, o que é que você pensa? Exatamente. "Até que enfim ela saiu daqui e eu posso continuar sendo invisível pro resto do mundo."

E assim você segue sua vida, cambaleando, mas sobrevivendo. Belo jeito, hein! Parabéns, campeão! Troféu "joinha" pra tu... Continue assim que, quem sabe um dia você não tem um ataque de desgosto?

MAKE A CHANGE IN YOUR LIFE! Do something meaningful today. Right now! Be happy and get free of the chains that keep you stuck. (Google tradutor?)

MAKE A CHANGE! And set yourself free...