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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Just a Story - Amor fraternal, amor incondicional


Ao olhar aquela maravilhosa paisagem, ele voltou a sentir. Ele não sabe como, ao certo, mas apenas redescobriu o sentimento. E sentiu-se feliz por isso.
Ele sempre estava ao seu lado. Fizera uma promessa de amor eterno e jurou cumprí-la. Sempre que pôde, a ajudou. Estava presente nas crises que ela tinha graças ao grande número de remédios que era obrigada a tomar todos os dias. Segurava sua mão todas as noites para espantar o medo de seu pequeno e fraco coração.
Apesar da sua situação, ele procurava se manter otimista, mas de nada adiantava. Por mais forte que fosse o seu otimismo, a realidade o bombardeava com falsas melhoras e significativas pioras. Os pais o prepararam para aquele momento, mas ele nunca conseguiu se conformar com a ideia de perdê-la. Ela era sua irmãzinha!
Depois de seis meses de árdua luta, a doença finalmente a venceu. Seu frágil corpo sucumbiu e ela partiu. Ele estava ao seu lado. Como sempre fez em todos os cinco anos em que ela viveu. Cinco anos de fraternidade. Cinco anos de companheirismo. Ele tinha apenas dezesseis anos, mas já era um adulto. Ele entendeu que ela não sofria mais, mas pensou que jamais seria capaz de abrir seu coração a qualquer tipo de amor novamente. E assim ele ficou por alguns anos.
Com o passar do tempo, ele amadureceu mais e numa viagem de volta ao lugar onde ele a levou pela primeira vez, olhando aquela paisagem, ele viu que podia sentir novamente. Redescobriu os sentimentos, sem saber exatamente como, mas sentiu-se feliz por isso.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Just a Story - Só mais um sonho


Essa noite sonhei. Sonhei que estava em frente ao lugar que eu queria estar. Sonhei que havia conseguido tudo o que eu queria conseguir. Me vi ali, parada, ante àquele magnífico edifício onde podia-se ler em letras garrafais "PARABÉNS! SE VOCÊ ESTÁ AQUI É PORQUE MERECE!"
Lendo aquelas palavras, a única reação que pude esboçar foi uma lágrima que não pôde ser contida. Lendo o que estava naquela grande faixa fixada na porta do prédio, me senti finalmente como uma vencedora. Como alguém que realmente merecia estar ali. Todos ao meu redor pareciam tão diferentes. Pessoas com as quais eu não estava acostumada e aquilo não me assustava. Sem dúvida a melhor sensação que eu já esperimentei. A sensação de realmente realizar um sonho. O qual há muito já vinha pensando se conseguiria. Duvidando, até. E naquele dia provei a mim mesma, a ninguém mais, que sim! Eu era capaz!
Em seguida me vieram pensamentos que me emocionaram mais ainda. Lembrei-me de quem sempre acreditou em mim. Lembrei-me de todos os que me apoiaram e que sempre disseram que eu podia! Ainda me lembro de ter pensado: "Preciso visitar essas pessoas e contar o que aconteceu. Acho que elas ficarão felizes por mim."
Sem mais, decidi entrar, pois estava me atrasando com todas essas emoções. Assim que cheguei na sala, vi o reflexo de alguém no vidro da porta. Me pareceu familiar, mas não pude dar muita atenção. Finalmente estava assistindo à minha primeira aula. Ao final da aula, dei de frente com uma escritora que sempre admirei. Ela olhou para mim e disse: "Soube que você vinha pra cá. Tinha que dizer como me sinto feliz em ver que alguém está finalmente seguindo seu caminho e tentando alcançar o seu sonho."
Sonho. Sonho...
Aquela palavra me trouxe à realidade como que num único segundo. Me dei conta, então que não poderia estar ali de verdade. Ainda não tinha como. E num momento antes de despertar, lembro que, olhando para trás, falei: "Eu volto! Prometo que volto!"

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Thoughts In The Morning - Quem é o responsável?

Hoje eu estava pensando. Quem me inspira? Quem sempre me ajudou a cultivar esse amor pelas palavras? Meu pai. Ele sempre foi a pessoa que me fez encarar a vida de um ângulo mais positivo. Me ajudou a passar pelas dificuldades, a raciocinar ante uma. E ele com certeza foi quem me fez ver que tudo o que eu queria era me envolver cada vez mais com as palavras.
Tem um texto que meu pai escreveu há muito tempo. Pra ser mais exata, foi no dia 24 de agosto de 1988. É, sem dúvidas, o meu texto preferido entre tantos os quais ele escreveu. Não tem título, mas não há necessidade. O texto já é completo.
Uma vez eu perguntei a ele de onde veio a ideia para um texto tão bonito e ele disse que viu uma ilustração em um jornal e aquela figura deu-lhe tudo o que ele precisava para escrever o texto que, para mim, é o melhor de todos.

"Há que haver um tempo em que proliferem os girassóis e que sejam mais abundantes que os canhões.
É urgente que as alegrias do encontro superem a angústia da perda e que a  ausência se vá para sempre.
É de direito que se reconheça que o calor do sol, que nasce todo dia, é vital para a vida de todos os homens e que seu brilho ilumina o coração de todos indiferente aos preconceitos inexistentes na criação de Deus, porque sob o prisma do sol, todos são iguais.
Sim, há que haver um tempo em que os girassóis sejam mais abundantes que os canhões."

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Thoughts In The Morning - TO SURTANDO!

É... já faz um tempo que eu não apareço por aqui... O engraçado é como nunca é estranho voltar a um lugar no qual você se sinta bem. Vou tentar resumir o que está acontecendo da minha vida.
EU ESTOU SURTANDOOOO!
Sério, eu estou à beira de um ataque, de uma crise existencial. Perguntas flutuam na minha mente e quase sempre se chocam contra a parte do meu cérebro que controla o meu nervosismo e eu acabo mais ou menos como a pessoa da foto ali em cima...
Sempre to pensando:

E agora?
Será que eu consigo?
Vou passar o resto da vida aqui?
Vou fazer sempre a mesma coisa?
Será que eu passo?
Como eu vou fazer cursinho e trabalhar ao mesmo tempo?
Aliás, vou mesmo fazer cursinho?
É isso mesmo que eu quero?
Estou disposta a largar algo pra conseguir chegar mais perto do meu sonho?
Esse é realmente o meu sonho?
Não estou sonhando alto demais?
Devo desistir?
Estou disposta a enfrentar as consequências das minhas escolhas?
Você está certo disso??
Posso perguntar??
Quer a ajuda dos universitários??
NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO... Eu não quero a ajuda dos universitários!!! Eu quero SER uma universitária!
AHHHHHHH Socorrooooo!
Alguém pode me tirar da minha própria cabeça, por favor?!

Acho que todo esse nervosismo se deve a várias mudanças estarem acontecendo. Vou fazer 18 em +/- um mês e ainda não tenho nada certo. E pelo que eu to vendo, as coisas não vão se acertar tão cedo.
Só fico pensando que se pra fazer 18 anos, eu já estou nesse estado, quando for fazer 20 eu tenho um ataque cardíaco de vez...

PS: Enquanto você lê esse post, eu provavelmente AINDA ESTOU SURTANDO!

Boa noite! =]

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Thoughts In The Morning - Pessoas


Pessoas

Pessoas pisam
Pessoas machucam
Pessoas não se importam
Pessoas são más.
Pessoas matam
Pessoas roubam
Pessoas odeiam
Pessoas são más.
Não se iludam,
Não amem
Quem não merece
Não se importem
Com quem te esquece
Não se iludam!
Pessoas são más.

Escrevi esse texto depois de ver um tweet do @pequenostextos (twitter muito inspirador, o qual gosto muito e recomendo), eu fiquei pensando na humanidade, nas pessoas, nos atos cometidos por elas...

Claro que esse texto é uma generalização que cabe a muitas pessoas, mas também é claro que existem exceções.
Não digo que TODOS são assim, apenas afirmo que, infelizmente, a maioria das pessoas são.

Sadness - Minha avó


Eu tive uma avó muito presente na minha infância. Minha "vó Maria". Sabe aquelas avós de filme? Bom, essa era a minha avó! Eu acordava 6h da manhã só pra ir até a casa dela tomar café com ela. Passava horas a fio, só sentada ao seu lado, enquanto ganhava um carinho. Um carinho, o qual nunca achei igual. Nem minha mãe consegue. Por morar ao lado da casa dela, eu passei a minha infância basicamente aos seus cuidados. Hoje sinto uma imensa tristeza em dizer que perdi essa minha avó.
Não... Ela não morreu. Eu perdi a minha avó pra ela mesma. Ela foi com o tempo se perdendo dentro de sua mente. Ela vem definhando desde a minha infância. Tudo por causa desse MALDITO MAL DE ALZHEIMER! Hoje só resta o corpo de uma pessoa que, num passado não tão longe, foi a mulher que eu mais amei no mundo. Sim, mais até do que minha própria mãe. Hoje, é como se ela tivesse morrido. Ela não consegue mais formar nem uma palavra. Bom, resta dizer que eu não consigo vê-la nesse estado. Quem conheceu minha avó sabe que mulher batalhadora ela foi. Criar cinco filhos, cuidar de um pai que não tinha as mãos e mais os irmãos que também ficaram aos seus cuidados quando a mãe dela, minha bisavó, faleceu não deve ter sido nem de longe uma tarefa fácil. Mas ela fez. Ela conseguiu se sobrepor a todos esses impecilhos que a vida lhe colocou no caminho.
Apesar de todos os problemas, eu nunca conheci uma pessoa com tanta alegria e vontade de viver. Se existiu uma pessoa boa no mundo, essa pessoa foi ela. Hoje, ela não fala, não anda sem ajuda, não come se ninguém der comida, não toma banho sozinha, ou seja, ela não realiza as tarefas que qualquer pessoa realiza.
Hoje eu a vi. Acho que nada me choca tanto quanto vê-la. Acho que outras pessoas também se chocam ao ver como ela ficou debitilada no passar dos anos, mas acho que ninguém fica assim como eu. EU passava todos os dias ao lado dela. Eu passei a minha infância na casa dela. Era o lugar que eu mais amava no mundo. Ela era a pessoa que eu mais amava no mundo! Hoje, ela não passa de matéria. Apenas o seu corpo resiste ao tempo, pois sua mente se foi há muito. Acho que se ela tivesse efetivamente morrido, seria um pouco menos doloroso, pois a morte dói, mas ver uma pessoa passar por tudo isso definitivamente machuca muito mais. Isso não é vida!
O que mais me dói é ver como certas pessoas que tem ambos os avós com boa saúde, e acima de tudo, amor pra distribuir, simplesmente os renegam. Os esquecem! Não consigo entender. Podem me dizer que eu não vejo a minha avó. Realmente, NÃO, NÃO VEJO! Mas simplesmente por não conseguir acreditar que aquela mulher debilitada é a avó que cuidou de mim um dia. É a avó que me amou com todas as forças. Pra mim, isso tudo parece um sonho. E que quando eu acordar, terei seis anos novamente, e ela estará lá, na porta da casa dela, com um prato de doce pra mim, e uma xícara de café com leite na mão. E que quando eu chegar perto dela, ela dizer: "Você demorou, minha filha, uma noite é muuuito tempo! Sentiu saudades?" e eu vou responder: "A senhora não faz ideia!"

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Thoughts in the morning - NY

Recentemente um amigo foi pra New York e passou 30 dias lá. Acho que nunca desejei tanto estar no lugar de uma pessoa! Ver que ele conseguiu, fez o que pode e foi efetivamente pra lá me deu um ânimo imenso de alcançar o meu sonho.
Espectadora assídua do seriado mais legal do mundo, FRIENDS, sempre nutri uma admiração enorme pela "Big Apple", tendo grande curiosidade e uma vontade indescritível de conhecê-la. Conto muito com o apoio de amigos e alguns membros da família. Então acho que consigo ir pra lá. É um sonho que quero muito conquistar.
Hoje fiquei um tempo conversando com o meu amigo que foi pra lá. Sabe como ele descreveu a estadia dele? Como sendo "uma experiência de vida". Deve ser mesmo... Sair de um lugar conhecido e explorar uma nova cidade, um novo país e, acima de tudo, uma nova cultura! Durante sua estadia, acompanhei algumas coisas pelas fotos postadas no facebook e no twitpic. Foram muuuuuuitas fotos, e ele me falou hoje que não são nem duas semanas do que ele passou por lá. Na hora eu fiquei muito "=O" mas eu entendo. Ele deve ter vivido muitas coisas legais em NY.
Marcamos de nos encontrar de novo pra podermos conversar mais sobre a viagem dele. Sei que eu já queria muito conhecer a linda NY, e hoje, depois de uns 20 minutos de conversa, eu fiquei com muito mais vontade. Aposto que depois que eu conversar e ouvir todas as histórias que ele tem pra contar, vou ter a plena certeza de que é por esse objetivo na vida que eu tenho que me empenhar.
Mesmo que esse objetivo, quando se realizar, dure apenas 30 dias, já hoje tenho a plena certeza de que serão os melhores 30 dias da minha vida!
Torçam por mim.. *-*