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domingo, 7 de agosto de 2011

Igualdades e diferenças

Ontem, dia 06 de agosto de 2011, foi o dia em que eu me tornei uma pessoa diferente. O que eu vi deixou uma marca em mim que eu não sei se conseguirei apagar algum dia. Nem quero. O que aconteceu? Vou contar...
Todo sábado, desde o dia 23 de julho, eu tenho participado do projeto Click (saiba mais aqui). Ontem não foi diferente. Acordei, peguei a lotação e fui a caminho de mais uma oficina. Ao chegarmos, a matéria do dia era "fotojornalismo". Um fotógrafo nos ensinou o básico de como utilizar os equipamentos e então partimos para a atividade do dia.
O local? Uma comunidade bem perto dos nossos olhos, mas que nunca conseguimos enxergar verdadeiramente (pelo menos eu tive essa impressão). O Spama, bem aqui, pertinho da gente. Eu ia dizer que foi o palco que nos permitiu ver a realidade que não conseguimos enxergar se não quisermos, mas como posso usar a expressão palco? Palco para que show? A miséria mora ao lado e não vemos. Isso me deixa desapontada com o ser humano.

Pois é... a foto acima me marcou bastante. Sim, é um sapatinho de bebê, no meio da sujeira que vai se acumulando a céu aberto nas vias dentro da comunidade. Pensar que pessoas vivem assim já é bastante comovedor, mas dói mais imaginar que pequenas pessoas, indefesas, vítimas de uma sociedade egoísta, são obrigadas a viver e a crescer nessa situação.
Vendo essa imagem, eu lembro da minha infância, das oportunidades que eu tinha, de como era bom. Mas aí, eu lembro de quanta gente passa por necessidades, como ter um brinquedo, ou até mesmo comida. Vimos crianças que brincavam em meio à sujeira, e ainda assim conseguiam sorrir. Vi adultos que sorriam para as crianças, apenas para aparentar que está tudo bem. Mas não está tudo bem! Precisamos achar um jeito de melhorar. Por eles, e por nós mesmos.

Me envergonho da sociedade. Mais a cada dia.

2 comentários:

  1. Eu estava lá e também vi com meus próprios olhos. É triste. Voltamos para casa enxergando as coisas de outra forma.

    Estava com saudade de ler seus textos. Como sempre, AMEI!

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  2. É, enxergar as coisas de outra forma é bom mesmo. Acho que essa foi a melhor oficina. Amei as outras, mas essa foi especial.
    E obrigada, amore. Vou fazer o possível pra conseguir escrever mais textos. Sinto muita falta disso.

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